Dia 20 – 18JAN08 – 6ª. Feira
Saly Portugal (Ferme de Saly)
Dia dedicado à visita ao centro balnear de Saly. Cidade cosmopolita do Senegal. Muitos franceses a risidir aqui.
Almoçamos no centro da pequena cidade e visitamos um centro de artesanato onde não resisti a negociar algumas pinturas e pequenas peças de artesanato. Se pedem 25.000 Fr Senegaleses,... descem até 10.000 ... ou menos...
No ‘’resort’’ descobri que podia aceder directamente à Internet do meu portátil na Autocaravana... E o Skype foi utilizado pela equipe para ligar à família e amigos.
À tardinha fomos mergulhar nas calmas águas do oceano.
(o nosso pescador após preparar o peixe...)
À noite decidiu-se comprar 1 kg de camarão e outro de um peixe cujo nome português desconheço. Os meus amigos franceses encarregaram-se da confecção e... ‘’voilá’’... uma delícia depois de passarem pelo fogo do Conhaque francês...
Dia 21 – 19.JAN.08 – Sábado
Saly Portugal (Ferme de Saly)
Actualização das consultas da Net e ‘’reparado’’ por nós próprios o meu frigorífico que não resistiu às areias do deserto da Mauritânia...
A solidariedade da equipe, funcionou... agora imaginem,... eu que nada sei fazer, oferecer-me pra tratar do almoço para todos...
Acho que com sinceridade me felicitaram... até me filmaram e disseram que apenas faltava colocar o avental...
Bacalhau na brasa... desfeito com ovo cozido, batata e cenoura,...
Sinceramente... penso que o sucesso culinário ocorreu... graças às lições dos meus antigos companheiros de viagem Artur e Emília...
Dia 22 – 20.JAN-08 – Domingo
Saly Portugal (Ferme de Saly)
(a labuta das mulheres senegalesas na margem da lagoa...)
Pela manhã saímos em direcção do Lagoa de La Soumone, para apreciar as aves e os viveiros de crustácios de um cidadão francês. Compramos para além dos crustácios, igual quantidade de mexilhões.
(a recepção da Reserva de Bandia...)
Saímos da parte de tarde em direcção à Reserva de Bandia onde a bordo de um jeep passeamos pela savana, podendo observar várias espécies de animais e aves que nos iam surpreendendo.
(no percurso, Patrick visitou amigos residentes... todas as casas de europeus são ''muradas'' destas ''Buganvílias''...)
Preços: Adulto: 7.000 FR + 30.000 Jeep 4x4 + 3.500 Guia (7.000+6.700/pessoa = € 25,00)
(a fêmea rinoceronte, não gostou da minha ousadia, e... não fora a intervenção do guia... não sei se escaparia à sua fúria... uff!...)
(Qual ''forcado de Santarém''... não resisti... tinha forçosamente de fazer a ''foto de família''!...)
O dia esse, esteve quente e sêco, com a temperatura a rondar os 38º C. A tal ponto que ao entrar no terreno onde pernoitamos, a AC de Claude ‘’atascou-se’’. Deixamos para o dia seguinte a operação de ‘’salvamento’’...
Dia 23 – 21.JAN.08 – 2ª. Feira
Saly Portugal (Ferme de Saly)
A manhã foi complicada para mim. A diarreia atacou-me fortemente. Após leitura do folheto do medicamento para o paludismo constactei que seria normal tal acontecer. À cautela visitei uma farmácia... a solução? Beber Coca-Cola... et voilá!!!
Pela manhã visitamos uma vez mais a outra metade do ‘’resort’’... Às 13 horas o calor era tal (38ºC) que decidimos almoçar ‘’ao ar livre’’ claro na Ferme de Saly, onde temos estado instalados nestes 5 dias...
(quem viaja de 4x4 tudo é concentrado... frigo... dispensa... etc... etc...)
À tarde caminhamos pela areia até ao centro da pequena cidade, com a temperatura mais amêna.
(é na praia que se lavam os cavalos, as cabras, as ovelhas... )
Os 5 cartões de crédito que trouxe... de nada me serviram - hoje quando me preparava para levantar-...
a ver vamos... amanhã...
Dia 24 – 22.JAN.08 – 3ª. Feira
SALY PORTUGAL – KAOLACK – NIORO DU RIP – FERAFENNI (Gâmbia) – MANSA KONKO – SÉNOBA (Casamansa)- TOUBA MOUVIDE
Dia complicado - estradas pouco agradáveis... ‘’picadas’’ imensamente degradadas.
(os ‘’putos’’ das escolas, vestidos da mesma côr... resquícios do reino de sua magestade britânica...)
Bizarro disfrutarmos de troços de alcatrão de apenas 1 km nas zonas onde existem postos de polícia... A passagem da fronteira da GÂMBIA, foi ‘’stressante’’... Logo à saída do Senegal compramos impresso em triplicado que serviria para a cada carimbadela nas ‘’cabanas’’ contíguas, pagar... pagar... (sem recibos, claro...), - Na ‘’Douane’’ pagamos 10.000 Fr Sen + 2.000 à Polícia + 500 Fr na ‘’Imigração’’, mais um ‘’control’’ policial a poucos kms – 2.000 Fr + 500 Fr CFA.
(cada carimbadela... cada suadela...)
Entretanto havia que ser atravessado o rio que corre por toda a Gâmbia.
Uma grande barcaça ... as coisas complicaram-se já que ao entrar para a dita, e ao sair da mesma, a parte traseira da AC ‘’rasava'' a plataforma... e nada de reclamações... O transporte custou cerca de 5.000 Fr CFA.
Prosseguimos pelo meio do pó barrento da picada...
Estranho saber que a Gâmbia é uma ex-colónia Britânica (idioma oficial é o Inglês) e um país tão pobre...
(mesmo ao lado do ‘’contrôlo policial’’...)
Nova barreira polícial... mais um carimbo e + 2.000 CFA 2.000 na Imigração e... 1.000 à Polícia! (uns € 9,00).
Finalmente a desejada CASAMANSA...
(BANDEIRA das Forças Democráticas da CASAMANSA)
Casamança (ou Casamansa, em francês, "Casamance") é uma região do Senegal localizada ao sul de Gâmbia, cortada pelo Rio Casamança (ou Casamance). Ziguinchor, localizada próxima ao litoral, é a cidade mais populosa e principal pólo econômico.
É uma região de clima quente e de baixa altitude, com algumas montanhas no sudeste. Sua média anual de precipitação é superior ao do restante do Senegal, assemelhando-se, nesse caso, à Guiné Bissau. Pode ser dividida em Baixa Casamança (Região de Ziguinchor) e Alta Casamança (Região de Kolda). Sua economia depende largamente do cultivo de arroz. O turismo também é importante, em razão das belas praias na costa marítima, particularmente no Cabo Skirring.
A dominação colonial na Casamança foi empreendida tanto por franceses quanto portugueses, até que foram estabelecidas as fronteiras entre essa região e a colônia da Guiné Portuguesa (atual Guiné Bissau), localizada ao sul. Por essa razão, a Casamança está ligada cultural e linguisticamente à Guiné-Bissau e aprender português é popular.
O grupo étnico dominante na Casamança são os jolas (ou diolas). Esse grupo tem sido pouco favorecido economicamente em relação ao restante do Senegal, situação que contribuiu para o surgimento de um movimento separatista, denominado Movimento das Forças Democráticas da Casamança (MFDC). O conflito entre o MFDC e o governo senegalês tem levado a uma série de enfrentamentos violentos, resultando em muitas mortes desde o fim do século XX.
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Finalmente a fronteira de CASAMANSA ao Km 5.260 (passará definitivamente para o Senegal em Maio/2008). Foram 17 km de martírio a passagem pela Gâmbia. A entrada na fronteira foi pouco ou nada burocrática... e nada de corrupção... A ‘’Douane’’ limitou-se a colher a folha da viatura e a Polícia (Um ‘’alferes de 55 anos, cabêlos grisalhos...) simpatiquíssima... Perguntaram-me a origem e a idade... brincaram com o ‘’chefe’’ que segundo eles parecia meu pai!... Quando lhe disse que se devia ser dos seus cabêlos brancos... respondeu... que não... que era da pobreza do país.
A noite chegava e a vontade de parar era forte. Indagamos numa ‘’sanzala’’ – TOUBA MOUVIDE – e fomos acolhidos no largo fronteiro à ‘’cubata’’ duma família.
Novos e velhos vieram saúdar-nos. Todos pediam para lhes fazermos fotografias e lhas mostrarmos... riam a bom rir, ao vê-las.
Prometi que as enviaria ao jovem Mandiaye Ndiaye, que coordena e acompanha a natalidade da aldeia com o apoio de Alemães.
As gentes são genuínamente humildes e afáveis.
Uma noite inesquecível, com a promessa de voltar.
GPS: 13.08861 – 15.34787
Km 5.288 (Dia: 265 km)
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