Bragança e a neve

Bragança bloqueada? Fico "danado" com as notícias "empoladas" dos média... Desta vez, a 14 de Janeiro, as televisões anunciaram "o bloqueio de Bragança" pela neve... Decidi meter-me a caminho... e ... Posted by Picasa 16/1 - 2ª. feira- Saída de Braga, por Guimarães e Fafe (pela via rápida) evitando a AE. Em Fafe Sul, entrei na A7 até à saída de Celorico de Basto (terra do "treteiro"!), seguindo até Mondim de Basto, onde confeccionei o almoço no parque do EcoMarché. (87 km. percorridos/portagem €2,80-Cl.2). Céu limpo, com bancos de nevoeiro nas partes baixas. Continuei viagem pelo Parque Natural do Alvão, junto às "Fisgas do Ermêlo", local digno de visita para quem não conhece. Próximo de Vila Real, nos cumes do Marão, a neve avistava-se. Chegada a Mirandela pelas 17,30h, 200 km percorridos. Jantar, pequena passeata pela cidade e... brrrr... aquecimento no máximo pois o frio era de "rachar"... Pernoita em Rua calma, próxima do Hospital. 17/1 - 3ª Feira Posted by Picasa #Polis - torna Bragança mais agradável... Saída às 10 h. da manhã e continuação da viagem directamente a Bragança. A 15 km de Bragança, surge o nevão com céu nublado. Estradas transitáveis. Ao meio-dia, no Parque de estacionamento do "Modêlo", confeccionei o almoço, seguindo para o centro da cidade onde fácilmente estacionei a AC junto à antiga Estação da CP (hoje moderna estação de camionagem). Telefonei a "velho amigo Bragantino" que me acompanhou na digressão pelo centro da urbe, tedo começado a chover tímidamente, o que atenuou "o briol"... Após ter "petiscado" na sua moradia, e contra a vontade dos meus amigos, pernoitei no largo vizinho. (280 km.) Posted by Picasa Almoço no parque do Modêlo Posted by Picasa Je e o meu amigo Bragantino 18/1 - Passeio matinal na cidade e uma bacalhoada em casa amiga. Nevoeiro intenso. Após o café, saída pelas 16h. em direcção de Quintanilha, até Alcanices, de onde desci para Miranda do Douro, evitando assim as curvas e estreiteza da estrada de Vimioso. Chegada ao Largo da Sé de Miranda do Douro pelas 18,15h, sempre envolto em nevoeiro intenso (364 km). Melhor hotel que este largo... não há!... Digressão pela cidade e pernoita no adro da catedral, local calmo; Posted by Picasa Miradouro sobre a Barragem de Miranda do Douro... 19/1 - Digressão pedestre pelo centro e margem monumental do Douro e pequeno almoço no Bar dos Bombeiros. Já de AC, percorri o trajecto sinuoso pela margem da barragem até para lá da fronteira Espanhola, e regresso por Mogadouro com paragem e almoço, sobre a Barragem da Bemposta. Posted by Picasa O almoço terminou... e... ao lado... a sobremesa é a paisagem... Passagem na povoação de Castelo Branco, com desvio ao miradouro da Barragem de Aldeia da Vila, próximo de Lagoaça (muito interessante). Continuação para Freixo de Espada a Cinta. Estrada para Barca d'Alva, em obras de alargamento em cerca de 15 km... Passagem em Escalhão, a caminho de Figueira de Castelo Rodrigo, onde estacionei e pernoitei, no Largo fronteiro à Casa da Cultura. (179 km /543 km). A minha intenção seria a visita a Vila Nova de Foz Côa, mas... decidi voltar para efectuar a visita a esta região mais calmamente. No final do jantar, telefonei a amigo (AA) que tem casa e terrenos em Vilar de Torpim, a 7 km, que me levou a visitar Café/Loja de Antiguidades, próximo de Castelo Rodrigo, onde tagarelamos até tarde. 20/1 - Regresso por Foz Côa com passagem pela N222 - Castelo Melhor. de seguida por S. João da Pesqueira, lindas paisagens, mas estradas em mau estado, estreitas e perigosas... valeu pela paisagem. Finalmente apontei a Vila Pouca de Aguiar, seguindo pela A7 e A11 (portagem € 11,05) - (266 km/ 809 km percorridos), ainda a tempo de participar no ensaio do Grupo de Cavaquinhos... O Gps é uma boa ajuda... e a Câmara de ''marcha atrás'' também... Posted by Picasa Vindo de Foz Coa a caminho do Rio Douro... Posted by Picasa

Week End

Em preparação para viagem programada para 23/Fev (5a. feira), passei uma semana deveras ocupada... Introdução de mapas de Marrocos no PDA/GPS, retirados do ''Emul'' e inseridos e adapatados após longas horas de trabalho pelo meu amigo Filipe do www.naturezas.com. O Fim de Semana, foi bem preenchido e extremamente interessante: 1º.- CINEMA - ''Brokeback Mountain'' - (6ª. Feira) 2º. - CAMINHADA - Povoação dos Currais até Vila da Ponte - (Sábado) Vinte e tal km por entre riachos, muito vento e muita chava... mas de uma beleza muito forte... BALLET - ''Ballet do Teatro de S. Petersbourg'' - ( Domingo) Sem ter de viajar, o Ballet de S. Petersbourg, veio a Braga permitir uma noite diferente.

sem legenda...

   

Mais pobres...

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços do Minho vai ter que mudar de casa e, por isso, deixar as instalações que ocupava num edifício setecentista da Rua do Souto, nº 9, em Braga, há muitas dezenas de anos. Estive mesmo! Tanto quanto se sabe, o interior desse prédio, bem como o dos contíguos, entre os quais se conta a conhecida Barbearia Matos, vai ser totalmente demolido, a fim de dar lugar a mais uma "moderna" superfície comercial que ligará a Rua do Souto ao Jardim de Santa Bárbara, dando coerente continuidade à "política fachadista" que a C. M. Braga pratica e sanciona. Sucede que naquele prédio, para além do valor e representatividade artística do seu interior, se situa o conhecido BAR EGÍPCIO, projectado por José Faria Barbosa e pintado por Lúcio Fânzeres em 1937, de acordo com uma corrente que teve enorme sucesso em Portugal nos finais do século XIX e inícios do seguinte, que decorava as paredes dos cafés com motivos exóticos, em geral orientais, ou da arte do antigo Egipto dos faraós, como é o caso da sede do Sindicato. Os bares orientais, ou chineses, existentes em Guimarães ou na Póvoa de Varzim, já desapareceram ingloriamente. Em Braga encontra-se a sua última sobrevivência que, perante o desinteresse, a ignorância ou a insensibilidade das entidades que deveriam saber preservar a memória dos lugares, também será reduzido a pó e escombros. Para além do valor artístico e simbólico daqueles espaços, foi naquele bar que o Sindicato de Poesia, em 1996, realizou os seus primeiros recitais. Durante alguns meses, às sextas-feiras ao fim da tarde, os operários da palavra poética, empenhados em intervir artística e culturalmente numa cidade pardacenta, divulgaram em sessões públicas muito concorridas alguns poetas portugueses e deram início a uma actividade de enorme qualidade que rapidamente marcou a agenda cultural bracarense, criando espectáculos de grande interesse e impacto que ultrapassaram as fronteiras locais. O Sindicato da Poesia não podia ficar indiferente à morte anunciada do espaço que o viu nascer e por essa razão no próximo dia 31 de Janeiro, a partir das 22H00, naquele mesmo local, regressa ao seu projecto inicial, então intitulado Para fugir aos estudos. Certamente pela última vez, no BAR EGÍPCIO, Antonio Durães, Ana Gabriela Macedo, Fernando Coelho, José Miguel Braga, Luís Barroso, Manuela Martinez, Marta Catarino e Sofia Saldanha darão voz à poesia de António Gancho, Florbela Espanca, Alexandre O´Neill, Jorge de Sena, Alberto Pimenta, Cesário Verde, Rui Belo e Ana Luísa Amaral. Este recital conta com o apoio da Biblioteca Pública de Braga. Igualmente naquele local, no mesmo dia e pelas 21H30, a ASPA que, além de divulgar e defender a necessidade da salvaguarda dos prédios setecentistas da Rua do Souto, para os quais pediu a classificação sem ter recebido qualquer resposta das entidades competentes, associa-se aquela iniciativa promovendo as Conferência do Sindicato. Inspirando-se nas Conferência do Casino de 1871, em cuja sessão inaugural Antero de Quental fez uma "apologia da razão humana e da revolução, no que esta ideia tinha de mais largo e mais elevado", com as Conferências do Sindicato, alguns membros da ASPA dirão da sua justiça perante mais este atentado contra o Património Cultural que em Braga se vai cometer. Estão previstas curtas intervenções de Armando Malheiro da Silva, Miguel Bandeira, Eduardo Pires de Oliveira e Ademar Ferreira dos Santos. Esta actividade conjunta do Sindicato da Poesia e da ASPA realizar-se-á na próxima terça-feira, dia 31 de Janeiro, a partir das 21H30, na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Rua do Souto, nº 9, sendo naturalmente aberta à participação de todos os cidadãos interessados na preservação da memória cultural da sua cidade.

ASPA SINDICATO DA POESIA

* Como Bracarense de gêma... lá estarei...