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terça-feira, fevereiro 22, 2005

Soneto da Lua

Sunrise at the north pole Posted by Hello Por que tens, por que tens olhos escuros E mãos lânguidas, loucas, e sem fim Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim Impuro, como o bem que está nos puros ? Que paixão fez-te os lábios tão maduros Num rosto como o teu criança assim Quem te criou tão boa para o ruim E tão fatal para os meus versos duros? Fugaz, com que direito tens-me pressa A alma, que por ti soluça nua E não és Tatiana e nem Teresa: E és tão pouco a mulher que anda na rua Vagabunda, patética e indefesa Ó minha branca e pequenina lua ! Vinicius de Moraes (1913- 1980)

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu sou uma adepta incondicional de poemas e devo-te dizer que este me prosa referente à lua é divino! Monica (sweet pandemonium)

   

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