Sunrise at the north pole
Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas, e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros ?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me pressa
A alma, que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:
E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética e indefesa
Ó minha branca e pequenina lua !
Vinicius de Moraes (1913- 1980)
AQUI QUE NINGUÉM NOS OUVE...
terça-feira, fevereiro 22, 2005
Soneto da Lua
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1 comentário:
Eu sou uma adepta incondicional de poemas e devo-te dizer que este me prosa referente à lua é divino! Monica (sweet pandemonium)
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