Caminhada às Minas dos Carris Distância: 18 km. - Tempo dispendido na caminhada: 6 horas. O ponto de partida é o posto de fronteira da Portela do Homem, onde se pode deixar a viatura. Descemos ao longo da estrada de alcatrão (700 mts.), passando ao longo do Curral de S. Miguel para, um pouco mais à frente, atingir a ponte de S. Miguel sobre o rio Homem. Aqui apreciamos a queda de água e o poço que no verão faz a delícia de muitos visitantes. Neste local, encontramos uma cancela que impede a passagem a viaturas e marca o início do estradão de acesso às Minas dos Carris. Percurso bastante fácil de seguir, mesmo sem mapas, porque se caminha sempre ao longo de um estradão que, antigamente, dava acesso às Minas dos Carris - minas de volfrâmio entretanto desactivadas. O grau de dificuldade médio/elevado deriva do desnível do percurso - sobe-se sempre em direcção às minas - e da distância a percorrer. Esta caminhada tornou-se mais interessante dado que a neve cobria grande parte do trilho, facilitando o percurso sinuoso de cascalho de granito. Após uma hora de caminho, passamos a um metro de distância de um casal de ‘’garranos’’ que simpáticamente nos miraram!... Trilho dos Carris... O Garrano. Seguimos sempre ao longo do estradão, tendo pelo lado esquerdo a Encosta do Sol, que no inverno, com o aumento das chuvas, dá origem a diversas quedas de água. Do lado direito, mais sombrio, grandes fraguedos se elevam, com corgas de vegetação muito densa. No mesmo lado direito apreciamos a beleza do gêlo que cobria as rochas . A água cristalina corria sob o gêlo. Algum tempo depois da partida, chegamos à Fonte da Abilheira, onde se pode abastecer de água fresca. Bastante mais à frente, passamos a ponte sobre a Ribeira Água de Pala e, algum tempo depois, passamos a ponte sobre a Ribeira do Cagarouço e, mais à frente, a ponte sobre a Ribeira de Madorno, que marca sensivelmente o meio do caminho até às minas. Caminhamos assim até à Chã do Teixo, local assim designado por ter aí existido uma árvore com o mesmo nome. Um pouco mais acima, já bem no alto, passamos sobre um pequeno pontão, designado por Chã das Abrótegas, onde se podia ver restos de uma antiga branda (local de pernoita de pastores). Após caminhar um pouco mais, chegamos perto do alto e o cume mais próximo é o dos Carris (1504m). Um pouco mais além, estava o Pico da Cabreirinha (1544m), o ponto mais elevado da serra e do PNPG, miradouro deslumbrante de terras galegas e do Barroso. Chegado às minas, pudemos visitar todo o local, já bastante degradado, tendo em atenção os fundos buracos das minas. O ponto mais alto dos Carris... 1504 mt.... Do alto pudemos divisar vários lugares de referência do PNPG. Fizemos aí uma pequena paragem para apreciar o Corgo de Lamalonga, local onde se depositaram os resíduos da lavagem do minério ao longo do período de laboração da mina. De registar a chegada de vários pequenos grupos de caminheiros, sendo o mais interessante o de uma vintena de Escuteiros de Castelões que mais pareciam caminheiros àrabes... Próximo do marco geodésico, visitamos a represa que fornecia àgua para a lavagem do minério, espectáculo digno de ser visto – metade da água estava gelada – pudemos assim ensaiar pequena caminhada sobre as águas!... O regresso é efectuado pelo mesmo percurso, mas no sentido inverso. Não fôra a neve no trilho... tudo seria mais complicado... sob a neve, as jogas de granito... Ah Gandas Caminheiros... os Escutas...CNE441... Após 5 horas de caminhada, ainda sobrou tempo para deixar ''a boneca''... O lago gelado nos Carris!...
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